A aliança entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador do Estado, Sérgio Cabral, parece continuar a todo vapor, incluindo cada vez mais ilegalidades praticadas nas atribuições de ambos. A vítima da vez são os professores, que, sem qualquer ordem judicial, foram expulsos com violência da Câmara Municipal do Rio de Janeiro que haviam ocupado, pela Polícia Militar, num ato claro e covarde de autoritarismo por parte dos "representantes" do legislativo, prefeito e governador do Rio (somando forças).
Os professores já estão nas ruas há tempos, exigindo que o projeto do prefeito para a educação seja retirado da Câmara por ser extremamente indigno com os professores e com a Educação. Agora vejamos as ironias:
- O presidente da Câmara, Jorge Felippe (do mesmo partido do prefeito e do governador) por entender que os trabalhos na casa não podem parar (sendo que trata-se inclusive de um parlamentar que constantemente ausenta-se para não votar projetos que não sejam do agrado de seu partido), resolveu, sem qualquer ordem judicial, acionar a PM para retirar os professores com uso de força;
- A Polícia Militar, capacha do governador Sérgio Cabral (do mesmo partido que o prefeito e o presidente da Câmara) cumpre a missão arbitrária que lhe foi dada, mesmo sem qualquer ação judicial que a autorizasse;
- Os professores que há tempos estão nas ruas tentando um diálogo para as reformas necessárias com a Educação Pública continuam em greve, sem serem recebidos pelos parlamentares, apenas pela truculência policial;
O que será que faz mais diferença? O poder legislativo (que habitualmente nada faz e sequer deseja dialogar com os professores) parar ou a Educação Pública continuar em greve?
Todo apoio aos educadores do Rio de Janeiro...